Capitão:
Vamos ser claros.
Se tu me pedisses que te fizesse um contrato de comodato em que eram comodatários tu e mais dois, e comodante um terceiro, eu podia fazer isto:
- simplesmente ouvir-te em telefonema, pegar no último contrato de comodato que fiz há uns valentes anos (salvo erro tratava-se de um terreno ao lado de um stand de automóveis que o proprietário emprestou "ao stand" para lá pôr carros. Tenho uma ideia que envolvia uma vedação metálica e portão mas não me lembro de mais nada) e mandar-to por email dizendo: "aproveita este e boa sorte"
Só que não é assim que eu faço as coisas. É mais assim:
- teria uma reunião contigo (ou com um dos teus sócios), na qual tu me explicarias o que é que estava acordado na relação que eu iria regular, quanto ao local, à sua utilização, ao prazo, às condições de revogação, denúncia ou resolução do contrato, e quanto, em geral, aos direitos e obrigações que vos assistiriam enquanto comodatários do espaço. Trar-me-ias documentos, respeitantes ao espaço e respeitantes aos outorgantes do contrato.
Depois dessa reunião, eu iria seguramente - porque o comodato não é propriamente um tipo de contrato em que eu pegue com frequência - "refrescar" a minha memória sobre as leis que o regem.
E depois disso sentar-me-ia ao computador e começaria a escrever.
Como disse, é assim que trabalho. E este trabalho (o do comodato) ocuparia tempo do meu trabalho. Do qual vivo. Como tu vives da pintura.
Já agora: se eu quiser saber por quanto me vendes um quadro, não to perguntarei aqui no blog. Nem num post que tenha por título "Amigos destes!!!"