Estou muito satisfeito que a DªBrites esteja agradada com o nickname,e agradeço as simpáticas palavras a meu respeito.
Vou transcrever o texto editado em mil oitocentos e setentas que faz parte dum artigo sobre Faro do famoso DICCIONARIO Geographico,Estatistico,Chorográphico, Heraldico, Archeologico,Historico,Biografico e Etymologico de todas as cidades, Villas e freguesias de Portugal.
"Tem Faro a incontestavel honra de ser a patria da nossa famosissima e valorosissima heroina Brites d'Almeida, por alcunha a Pisqueira, conhecida nos fastos militares portugueses pelo titulo de Padeira d'Aljubarrota.
Não se sabe ao certo quando nasceu, mas é provavel que fosse ahi por 1345; porque,segundo os nossos historiadores, tinha ella pouco mais ou menos 40 annos, no dia da gloriosissima batalha e victoria de Aljubarrota.
Era tão alta como o homem mais agigantado; magra, mas corpulenta, de semblante feio, pallido e triste.Tinha os olhos muitopequenos em proporção do tamanho do rosto, e por isso era alcunhada de Pisqueira.
Seu cabelo era aspero, o nariz adunco e grande a bôcca. Tinha 6 dedos em cada mão.
Era filha de paes humildes e laboriosos. Ficando orphan aos 26 annos,gastou a maior parte do que herdara de seus pais em aprender a jogar as armas. Arrendou depois uma fazenda nem Loulé,e ahi vivia.
Um soldado Alentejano, namorado do valor desta virago (já se vê que do physico não podia ser) lhe pediu a mão de esposa.
Ella respondeu-lhe que brigassem, e que se fosse vencida, casaria com elle. O soldado acceitou, mas perdeu a vida no combate.
Para evitar a prisão,fugio Brites para Faro, embarcando-se ahi, sózinha, com destino a Andaluzia, em uma lancha; mas sendo o vento contrário,a arremessou ao mar largo, onde foi feita captivadúm chaveco argelino.
Em Argel foi vendida a um mouro rico.Este tendo mais dois escravos portugueses,Brites os convenceu a fugirem todos trez.N'uma noite mataram quantos mouros havia em casa e embarcaram em uma lancha, que tinham já de prevenção na praia; mas sem terem a precaução de levarem alimentos.
Quatro dias luctaram contra as ondas sem comerem nem beberem, até que finalmente chegaram à Ericeira.
Temendo ser reconhecida, vestiu-se de homem e se fez almocreve.N'este modo de vida teve uma desordem com outro almocreve e o matou, pelo que foi presa para as cadeias de Lisboa.
Conseguiu livrar-se e foi para Vallada,onde pouco se demorou, ajustando-se para Aljubarrota como criada de uma padeira.
Viveu oito meses e meio com a ama,e,morrendo esta, ficou Brites com a padaria,
ganhando a sua vida honestamente.
Casou,logo depois da batalha, com um lavrador rico ,de quem teve uma filha.
NÃO ACRESCENTEI UMA VIRGULA AO TEXTO .